Fui carregar os dois pratos e talheres com as minipizzas e a minha se esborrachou no chão.
Vou fazer outra.
Nesse interim o gatinho que vive deitado aqui na soleira na meia porta que fica em geral fechada, à noite, botou a cara na porta, e a gente mandou ele ir se deitar. Daqui à pouco ouve-se uma pancada de um corpo batendo e a próxima cena é um pitibull com o gato entre os dentes e o garoto que o conduzia gritando e tentando inultilmente arrancar o bichano das mandíbulas do pitibull fortíssimo.
O garoto começou a gritar pelo pai dele e nada. Saiu arrastando o cachorro com o gato entre os dentes e veio o pai e o soltou. o gato se escondeu embaixo do carro do Adriano e ficou lá agonizando e a gente achando que ele ia morrer depois dessa.
Iluminei com a lanterna e dava p'ra ver o bicho lá respirando com dificuldade e aterrorizado.
Aí veio a Daisy, dona do cabeleireiro aqui mais acima e o puxou pelo rabo. O trouxemos para cá e peguei água oxigenada e algodão e a Daisy foi limpando o gato, que de tão bombardeado mal reagia.
Vimos que a mordida não pegou na jugular. O cachorro o mordeu por cima do ombro até o peito. Quer dizer o pitibull colocou quase a metade do gato dentro da boca.
A Daisy o levou para se recuperar sem levar outra mordida.
Agora. Há dezenas de donos de pitibulls andando diariamente aqui em frente com o bicho sem focinheira. Quero ver quando pegar uma criança.