google-site-verification: google70a87163d1973dd7.html O Jazz & O Samba: O Estudo de Hexatônicas

O Estudo de Hexatônicas


Ao longo dos anos percebi que alguns de meus alunos tinham rendimento baixo, não pelo método adotado mas muito em função de uma necessidade imatura de resultados a curtíssimo prazo. Hoje, com a internet é possível obter informações a respeito de música que eram guardadas a sete chaves há apenas alguns anos. É claro que essa idéia do tal curto prazo não pode trazer bons resultados porque o processo de conhecimento exige maturação e disciplina.
          O nome da palavra é REPETIR. Repetir à exaustão mas de maneira consciente. Já tive siuações em que o aluno faltava várias aulas, não praticava o que era dado em aula e depois me dizia: - "Não aprendi nada!" Alguns estudantes tentam buscar uma FÓRMULA que se possa "encaixar" na cabeça. Pura perda de tempo.

          O tópico discutido a seguir é passível de outras interpretações e tentarei escapar do "musiquês" em respeito aos nossos leitores que não conhecem música mas tem interesse em saber como a música é construída.
          As hexatônicas como o nome diz são escalas de seis sons. A mais conhecida é a de "tons inteiros", muito usada por Debussy e incorporada ao Jazz na função do acorde subV7 em substituição ao modo Lydio (b7). A Dominante Substituta, substitui o acorde de Sétima da Dominante construído sobre o quinto grau da escala diatônica, graus tonais. E porque é esta a Dominante? Porque contém o trítono (em Do Maior, Fa__Si), que pedem resolução em direção à tônica e à terça do tom principal, o que define a Tonalidade. Ex. com tons inteiros:






Dito isto, que com um pouquinho de boa vontade é fácil compreender, vamos à discussão da hexatônica que me motivou a escrever o post.
          Acrescentando-se a tônica a uma Escala Pentatônica b2, b3, 4, #5, 7 que inicia uma 2ª menor, a partir da tônica (omitida na escala original), ter-se-á uma Escala Hexatônica. Esta aí serve para acordes m7, 7, b9, # 9, 11 e b13. Reparem no efeito out desta escala. É híbrida, não... E sem nota blue, do que tento me livrar ao máximo. Há que se acostumar o ouvido a uma escala onde todas as notas são tensões e cobrem um amplo expectro de possibilidades harmônicas. Ex.:




Já ouvi alguém dizendo que determinado pianista "toca só com três dedos". Numa hexatônica os dedilhados (os dedos que correspondem às notas com os numerozinhos escritos acima das notas, na partitura e que é parte da arquitetura da execução pianística) ficam bem mais fáceis com passagem de terceiro dedo (isso é p'ra quem toca piano/teclado, como nos exemplos acima).

Há na internet estudos e foruns bastante complexos como o que é encontrado no "forum.Cifraclub.com.br", http://forum.cifraclub.terra.com.br mas mesmo com toda a tecnologia a favor é necessária a velha humildade de quando se é aluno que quer aprender. Eu aprendo e não acho que sei tudo. A questão é saber aplicar o que se aprende, de fato. Nunca consegui me adaptar à decoreba. O importante é entender.
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