google-site-verification: google70a87163d1973dd7.html O Jazz & O Samba: O mercado de música atira em todas as direções

O mercado de música atira em todas as direções


Desesperadas com a falência de sua produção de CDs as grandes gravadoras se associam às operadoras de telefonia celular para vender seu produto. Do ponto de vista da mídia não é má idéia. A questão da portabilidade está presente e a idéia de contemporaneidade também. Mas o que fazer quanto ao conteúdo? Foi o conteúdo que jogou as multis no chão. Não a midia utilizada. As operadoras ávidas em busca de royalties não ligam a mínima para o que será colocado em seus aparelhos porque recebem não só na venda como pelo uso do aparelinho. A indústria de telefonia celular internacional que de certa forma abre mercado para a música de boa qualidade em seus países de origem ainda não atinou para o fato de que, no Brasil, quem produz música de boa qualidade é o independente.

Aprendendo com a pirataria

Michael Robertson, diretor do MP3Tunes, processado nos Estados Unidos por violação de direitos autorais, pediu para a indústria ir em frente e permitir mais experimentos com sua música.

"Quando se leva aos tribunais a nova tecnologia, perde-se oportunidade de canalizar isso para uma direção positiva", disse Robertson.

"A inovação está acontecendo, mas vinda do lado sombrio da Internet, dos piratas, do submundo. E isso está mostrando para onde a indústria vai."

"Você tem que olhar no submundo para ver o que as pessoas estão fazendo e então dar a elas versões comerciais que espelhem isso", afirmou.

Os consumidores somente deixarão serviços ilegais para legalizados se a oferta for melhor e mais fácil de usar, dizem os críticos.

A indústria faz de tudo para manter o nariz fora d'água mas se nega a curvar-se ante a força de conteúdo dos independentes, que é quem efetivamente pode salvar o mercado. Isso se ainda houver mercado quando essa crise terminar.

A idéia de se produzir para a HB_ITV (canais de TV) e para o YouTube, veículos independentes na Internet é o futuro da mídia para a música embora o CD ainda vá durar um bom tempo. Uma coisa é certa: o INDEPENDENTE sobreviverá porque sua visão é direcionada para a qualidade, não tem a avidez da indústria. Ganha menos mas produz sempre. Com critério e qualidade.

20:27hs.

Li uma matéria à pouco no blog Overdubbing, do ANDRÉ IUNES, sobre o festejado lançamento de um software que "lê" todos os acordes de uma gravação exatamente como foram gravados.
É preciso um pouco de cuidado com este tipo de software. Do ponto de vista da análise, OK mas já me apareceu gente tocando exatamente igual ao Bill Evans com os mesmos acordes, as mesmas distribuições dele e tal... Chega na hora de improvisar é um verdadeiro desastre porque o sujeito apresenta uma xerox da gravação e soa plastificado. Horrível, porque não contém o "risco" e o "drive" (o mergulho) do improviso, componentes indispensáveis que o torna único. Além disso não traz uma visão pessoal do intérprete, que é a essência do improviso. O sujeito não sabe o que está tocando, não toca consciente. Se o ouvinte não conhece o Bill... acha lindo como a uma flor de plástico (rs). Do ponto de vista didático não acho que isso é importante. Sorry. Tem é que botar o ouvido (e o cérebro) p'ra funcionar. E estudar, é claro. Ah! Se fosse assim tão fácil... Mas que los ai, los ai!

Eu, por exemplo, gosto muito do JOÃO DONATO. Toco muitos de seus temas mas com minha visão sobre sua obra. Donato tem características rítmicas e fraseológicas que considero importantes e me influenciaram na construção da minha visão do improviso no Samba. Mas não me interessa "tocar como Donato". Mesmo porque "tocar como Donato" só funciona para JOÃO DONATO. Seria como um sujeito que copia o que lê a quem se pergunta: " - Mas o que você faz"? " - Eu escrevo DRUMMOND".

22/01 19:19hs.

ANTONIO CARLOS MIGUEL publica hoje interessante artigo sobre o download de singles antes do lançamento dos discos físicos na Inglaterra. No caso do CD, o single não barateia o disco na ponta porque o custo de fábrica não é alterado. Uma alternativa é o produto lançado e patenteado em 2005 por Ralf, da dupla sertaneja Chrystian e Ralf sim, eu sei que soa inacreditável) o SMD (Semi Metalic Disc),um CD com menos metal, ou seja, menos espaço para gravação. Por força contratual o SMD só pode ser vendido por R$ 5,00 fazendo com que outra indústria fonográfica (a dos produtores independentes)produzisse crescimento de 400% na produção de discos em 2007. O grande saque do Ralf é a diminuição do custo de produção não só do disco mas também da embalagem, que TEM que ser de papelão. O SMDV (a versão SMD para o DVD) é vendido a R$ 8. As próximas novidades serão o SMDV 2 (R$ 10) - disco dupla face, com maior capacidade - e o SMDG (R$ 15), mídia exclusiva para games.
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