google-site-verification: google70a87163d1973dd7.html O Jazz & O Samba: Pianistas

Pianistas





           O Jazz & O Samba recebeu ontem um pianista, morador da Pedrinha, no Vidigal. Tocou 30 anos na Europa.
O pianismo dele é de oitavas com notas blue, que ele não identifica. Eu identifiquei p'ra ele. Toca um trecho do Concerto de Tchaikoswsky, La Vien Rose, e outros "hits" em Stride e Boogy Woogy, "que é o que as pessoas gostam".
           Toquei também e aí é que dá p'ra ver como somos diferentes.
           Ele queria que ligasse um microfone para cantar mas não estava com a cabeça nisso e esqueci que tem que ligar um software de áudio para a mesa virtual da M-AUDIO endereçar in e out.
Aí, quando acontece isso o pianista fica sem a metade. Mas fica evidente que ele estudou à beça. Boa técnica.
Mas o piano é cruel. Não perdoa.
           O improviso inclui todos os 3 Concertos de Rachmaninoff e mais o Beethoven e o Mozart. E mais todo o Schoenberg, Kalrheinz Stockhosen e o Luchiano Bério, o Alban Bergh, o Stravinsky, o Debussy, Ravel e Tom Jobim.
           O Tom Jobim é à "maneira do Rio. E isso não há quem tire. Podem espernear e chamar o Aécio p'ra dizer que é "tudo dele".
O improviso conta a História da Música e da Humanidade.
A não ser que você esteja imitando alguém. Aí, você só conta a estória... do outro.
O improviso é o maior exercício e expressão da LIBERDADE! Com responsabilidade.
           Nós não vamos disponibilizar microfone aqui. Lá embaixo no Jazz Club, talvez ativemos um microfone, para apresentações. E é só.
Senão isso aqui vira mais um "bar com música ao vivo".
           O pianista quando chegou disse, como muitos outros que vem aqui, que vive procurando um Piano Bar para ir "mas parece que não tem, n'é..."
Bom rapaz. Educado.
Mas acho que não está tocando por aí.
Ele disse que não sai nunca mais do Vidigal. Como eu, não gosta nem de ir lá embaixo.
           A Pedrinha é um dos lugares mais bonitos do mundo. Ele mora num trecho em que à frente há um pedação de Mata Atlântica intocada e mais abaixo o Costão da Niemeyer e o mar. Indescritível. Moramos lá 3 meses, durante a obra.
           A única salvação da humanidade é o Jazz Moderno e não tem p'ra onde correr. E o futuro da música está no Brasil.
Mas o brasileiro se habituou a ser vira lata e não sabe o que tem.
           Não sabe sequer o valor do petróleo e está disposto a entregá-lo aos EUA em troca de um espelhos com luzinhas coloridas.

P.S. Esqueci do Papa Bach, que é o Contraponto que salva minha vida, rs...

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