google-site-verification: google70a87163d1973dd7.html O Jazz & O Samba: A punhalada pelas costas

A punhalada pelas costas


          Então, tínhamos um patrocínio aprovado que se transformou numa parceria e sociedade com o captador com a aprovação da proposta por consenso entre os "sócios". Ficava faltando iniciar o pagamento de luvas, à cargo do ex captador e agora sócio investidor. O vencimento estava marcado para amanhã, dia 15.
          Ante minha recusa a uma vantagem espúria articulada e colocada no meio do jogo como chantagem e instrumento de pressão pelo investidor, este me informou "que estava fora do negócio" e que eu poderia procurar o proprietário e dizer-lhe que ele não mais se interessava. Qual não foi minha surpresa ao me dirigir hoje, dia 14 de Julho, ao local onde seria instalada a Casa de Cultura para tentar negociar uma alternatriva para a desistência do investidor quando o proprietário disse: " - Seu "sócio" acaba de sair daqui. Disse que você não está mais no negócio e trouxe um novo sócio, um cenógrafo da Globo, para substituí-lo". Quer dizer: eu criei (escrevi) o projeto, mostrei ao investidor e ao proprietário a vantagem de executá-lo, consegui o lugar (no melhor ponto da Lapa), negociei com o proprietário até conseguir números factíveis e só então fui procurar meu parceiro e aí... ele me atravessou.
          Disse que "havia entendido que eu tinha negociado outro imóvel" e que "ele não seria sócio neste NOVO negócio (embora o proprietário tivesse confirmado que sim) mas que sòmente "receberia comissão por ter apresentado o negócio ao tal cenógrafo da Globo". Quer dizer: ele só pretendia ganhar comissão sobre o meu trabalho. Só isso, absolutamente normal, no Brasil. Difícil é dizer quem NÃO é canalha entre os três novos "sócios", não é verdade? Ou quem é o menos canalha?

          Vão montar mais um pagode furreca, na área. Esqueceram que o segredo do sucesso neste negócio sou eu. Eu fiz o projeto, achei o lugar, negociei tudo, sei fazer e sou "o Pianista da casa". Sem "o Pianista da casa" não existe casa. Por isso todos as casas com piano fecham. Porque dependem de um bom Pianista para sobreviverem. Se ao Pianista não lhe são oferecidas vantagens financeiras condizentes com sua importância, ele simplesmente vai embora e o negócio fecha por falta de público. Daí minha decisão de ser "proprietário" ao invés de estar abaixo dos garçons e do pessoal da limpeza que ganham salário mais comissão enquanto o pianista ganha por aí, no máximo 70% do couvert, ou então querem te pagar um fixo de R4 80,00 a R$ 150,00 merrecas p'ra tocar uma ou duas vezes por semana. O dia que a casa não tem público o pianista não ganha nada. Nunca mais!

         As pessoas esquecem que a vida é uma via de mão dupla. E tem a Lei da Gravidade que é inxorável. Tudo que vai, volta.

          Voltamos, pois ao ponto em que iniciamos. Vou montar a Casa de Cultura sòzinho, sem nenhum sócio para me "passar p'ra trás". Meus projetos estão registrados na Biblioteca Nacional, se é que isso vale alguma coisa, no Brasil. Estou procurando novo local. Um que eu mesmo possa pagar. Sem sócios.
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