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O Seminário com o Ministro


Teatro lotado. Atores conhecidos e muitos, muitos produtores. Há pontos interessantes no Projeto da Nova Lei, principalmente no que diz respeito ao FNC contemplado com 0,6% do orçamento investido em cultura que este ano corresponde a R$ 80 milhões. O nó do FNC é que é só para empresas sem fins lucrativos ( há propostas para alterar este tópico).

         Mas o ranço discriminatório e corrupto da Lei Rouanet está lá, bem ao lado do Novo Projeto, e foi nitidamente demonstrado no seminário promovido pela APTR (Associação de Produtores de Teatro do Rio de Janeiro).
         Cheguei pontualmente com meia hora de antecedência e entreguei o e-mail de confirmação de presença recebido pela APTR, que foi quem ME CONVIDOU. Nunca havia ouvido falar nesta instituição até o convite para o seminário. Iniciadas as explanações pelas autoridades que compunham a mesa, deu-se prosseguimento ao evento apresentando as perguntas dos convidados que foram formuladas por e-mail antecipadamente. A assistente do Presidente/Dono da APTR e do evento EDUARDO BARATA ia lendo cada pergunta de cada convidado e o Ministro ia respondendo. Quando todas as perguntas foram formuladas e respondidas percebi que minhas duas perguntas, publicadas no artigo anterior aqui no blog não foram lidas. Levantei o braço e o Ministro apontou para mim para que eu fosse atendido. Relatei sobre a não inclusão de minha pergunta e a atendente pediu que me aproximasse do palco. A assistente de Barata disse que tinha sim, minha pergunta mas que esta não seria lida porque eu não pertencia à "classe teatral" e as perguntas giravam sobre interesses da classe, o que não foi absolutamente verdade. Discutiu-se sobre os aspectos da Lei, em geral.

         As perguntas foram as que publiquei em meu artigo anterior:

1) Pergunta: A captação e a distribuição do patrocínio passará a ser exercida pelo Ministério de maneira direta, sem intermediários?

2) Pergunta: O voto aberto com direito a recurso também aberto (o recurso, de fato, já existe na Lei), serão implementados?


         Questionei então por quê, sendo pianista, fui convidado por e-mail contendo a abreviatura rsvp (Répondez S'il Vous Plaît)? Pelo menos é o que está escrito no e-mail que me mandaram rsvp@aptr.com.br
         Disse que minhas perguntas dizem respeito à questões inerentes à reformulação da Lei, tema central do seminário. Aí a assistente mudou de idéia e disse que estava com as perguntas e que eu podia fazê-las eu mesmo (ela achou que eu não teria coragem de me dirigir ao Ministro). Quando concordei ela disse então que as leria ela mesma como fez com as outras indagações.
         E toca a esperar. Em dado momento, a assistente, pesadíssima, olhou para a poltrona aonde eu estava e apontou no papel, já olhando para o Presidente/Dono do evento EDUARDO BARATA, duas vezes mais pesado que a assistente, que acenou com a cabeça como quem diz, não. E não encaminharam minhas perguntas ao Ministro.
         Ainda permaneci educadamente no recinto por mais alguns momentos e ao me retirar, u'a moça muito bonita me interpelou e perguntou: - "Quais eram suas perguntas". Respondi e ela então me explicou porque as perguntas não podiam ser feitas: - " O EDUARDO BARATA é dono de empresa de Marketing".

         Entenderam?

         O Ministro já havia demonstrado, inclusive com gráficos e planilhas que 3% dos captadores de projetos detém 50% da verba do MINC para a Cultura, no Brasil.

         O Presidente EDUARDO BARATA é "assim" com o Ministro, que se mostrou muito inteligente, bem intencionado e bem preparado, diga-se de passagem.

         Quer dizer: colocaram a raposa para tomar conta do galinheiro. E olhe que raposa enorme.

         Não adianta mudar o que está no papel se as Oligarquias de Poder é quem são ouvidas e continuam a ter o poder de ficar com todo o dinheiro, sozinhas. Simples assim.

         Mas isso não acaba aqui, não. Estou reproduzindo este texto no site do MINC http://blogs.cultura.gov.br/blogdarouanet/2009/03/23/como-participar-da-consulta.

         O Ministro só não tomará conhecimento de minhas perguntas, se não quiser (espero que ele acesse o site, sem acessores).

         Ninguém mandou me convidarem. Não perco a viagem.

13:04hs.,

Resposta do MinC: Hugo, seu comentário será levado ao ministro. De qualquer forma:

1. O mecanismo da renúncia continua existindo. O que o fortalecimento do FNC vai permitir é transformá-lo numa forma de fomento atraente, em que os produtores poderão pegar financiamento diretamente.

2. A sugestão será considerada.

Vicky Londres sugere a boa idéia de cadastrarmos nossos blogs no blog que acaba de ser criado http://enjeitadosdogo.blogspot.com

O nosso I. Vinha já providenciou o http://amigosdoexGO.groups.live.com No MSN.

Concordo com o HELIO CARVALHO quando ele diz que não devemos dar grande trela para essa gente sem ética d'O GLOBO. Nos mandam um bilhetinho azul e está encerrado o assunto.
         Seria bom se pudéssemos ficar todos no mesmo lugar, acho. Embora haja diferenças temos um bom grupo de escritores, poetas, colunistas, blogueiros (eu), etc... aqui.

         Com referência aos 3% de captadores que detém 50% de toda a verba do MINC deixei de mencionar que a verba em 2008 foi de R$ 2 bilhões e 200 milhões. Em 2009 a verba é de R$ 2 bilhões e 300 milhões. É só fazer a conta e ver quem está engordando... o bolso.

Postado por "O Jazz & O Samba"
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