google-site-verification: google70a87163d1973dd7.html O Jazz & O Samba: Os cursos de férias da Estácio

Os cursos de férias da Estácio

Acabaram-se as férias. Meu filho já voltou às aulas, agora com seu uniforme novo no Colégio Pedro II. Está radiante e o Colégio é mesmo um gigante.
Eu por minha vez terminei meu período de cursos de férias na Estácio. O primeiro curso de Administração e Gerenciamento de Lojas até que foi bem. Um curso desta natureza é mesmo baseado nos textos da apostila e estruturado com planilhas de cálculo programadas. É um curso mais de aprender as rotinas de um negócio, assunto em que, até então, eu era mero espectador. Continuo sendo mas com mais algum conhecimento de causa. Aprendi a fazer balancetes e fluxo de caixa entre outros cálculos. É claro que na hora de aplicar determinado coeficiente corro para minha apostila e anotações. Esse curso foi bem. A xerox da apostila custou R$ 2,46.
No curso de produção, orçamento e patrocínio de eventos foi que aconteceram os problemas. Cada apostila custou R4 15,00. É verdade que estas são encadernadas e espiraladas mas mesmo assim é caro se comparado com a do primeiro curso. A Universidade Estácio de Sá informa que os cursos de verão não pressupõem apostilas e os professores que quiserem oferecê-las aos alunos podem cobrar quanto quiser, o que considero abusivo.
Durante o curso De P.O.P.E. a professora ditava as aulas o tempo todo. Muito material que não estava nas apostilas. Como havia muito o que ditar para apenas quatro aulas de quatro horas cada, as aulas eram muito corridas. Os alunos faziam perguntas de seu interesse e é claro sempre pertinentes ao curso. Claro que perguntei dentro das expectativas a que me proponho: o HB Studio, a HB_ITV e o sonho do Piano Bar, que é mesmo só um sonho.
A professora havia definido que ao final do curso haveria um "evento" em sala de aula criado pelos alunos e informava que levaria para trabalhar com ela em sua empresa de produção de eventos um ou dois alunos entre os que mais se destacassem. Foi aí que começou o problema. Eu e mais alguns alunos tínhamos interesse somente no curso e não em trabalhar com a professora. Mas logo se delineou um grupo, que já tinha experiência com eventos de alguma forma e constatou-se pela maneira como a coisa ficou colocada que estes tinham interesse profissional, além do curso.
Havia então uma divisão na turma em relação ao trabalho que deveria ser apresentado. O grupo, digamos, interessado na questão didática da apresentação do trabalho e o grupo que tinha outros interesses profissionais. Houve uma sondagem pela internet para se saber quem faria o quê. Me convidaram para tocar no evento mas declinei porque implicaria em custo que exigiria produção para transportar o KURZWEIL, amplificador, estante, banquinho, etc... e eu não estava disposto a arcar com as despesas. Além disso não era isso o que eu queria aprender lá. Queria mexer na produção. Ofereci meus serviços em Photoshop, Corel Draw, textos, etc... mas insistiram para que eu tocasse e tive que ser mais incisivo. Ademais quem me conhece sabe que não toco sem cachê. Uma das participantes falou em me dar "visibilidade" em troca. Aí tive que perguntar a ela de que maneira ela me traria visibilidade se eu sou mais conhecido que ela... Ficou a discussão na sala e na internet se eu sou conhecido ou não e a professora disse alguma coisa que considerei meio pesado. Ficaram meio ofendidos com minha recusa em tocar. Chegou o dia da reunião. O grupo de interesse veio com um projeto pronto onde eles trariam seu cast de artistas e fariam tudo e o custo de cerca de
R$ 400,00 seria rateado pela turma. É óbvio que me opus a isso terminantemente junto com outros alunos da classe. Sugerimos que fosse um evento didático, simulado, interno, só com o pessoal da sala. Discutiu-se muito e ao final ficou decidido que seria deste jeito, simulado. O clima já não estava lá muito bom e ainda veio gente se queixar dos meus títulos e tal... de que se eu tinha tanto título por que estava ali, na sala de aula. Expliquei que estava ali para aprender coisas que ainda não sabia mas que isso nada tinha a ver com meus títulos obtidos na década de 80. Mais de vinte anos atrás. Acho que ficaram com ciúmes de eu ter Mestrado nos EUA. Isso sempre acontece e tentam minimizar o valor, etc... Estou acostumado.
Qual não foi minha surpresa quando recebí por e-mail a informação de que o evento seria o do grupo de interesse e que eu teria que pagar pelo evento para cobrir as despesas com os convidados e artistas deles. Aí me danei. Disse que não iria pagar coisa alguma, virou um bafafá danado, acusações, ameaças de processo se contasse essa estória no blog, clima ruim e eu acabei não indo nem à última aula do curso nem ao tal "evento". Meio que perda de tempo.

Minha trajetória na Estácio se encerrou aí. Não entro mais nem no elevador.

Mas a vida vai indo. Vou dar aula no sábado, lá no HB.

Carnaval, a cidade para. O país para. Para tudo. Aí começa o ano. Devagar.

Vocês viram? O mundo se acabando e o Brasil teve superavit na balança comercial. Acho que vamos sair dessa.
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